sábado, 9 de julho de 2011

Serra de Nossa Sra. de Todo o Mundo…

Sítio de grande mistério,
Neste nosso hemisfério,
Pois lá uma santa apareceu,
E um milagre á rainha concedeu.

Tudo se passou á muito tempo,
Numa noite ao relento,
Quando uma luz brilhou,
E uma senhora á rainha falou.

Disse que a ia curar,
Do seu mal de andar,
Pois a madame sofrera demasiado,
Do seu esqueleto velho e enferrujado.

E isso aconteceu realmente,
Naquela serra carente,
No centro do nosso país,
Onde a rainha se sentiu feliz.

Foi milagre, disse ela,
E construiu lá uma capela,
Muito bonita e ornamentada,
E com um sino de ouro enfeitada.


Muitas pessoas vieram,
Em grande peregrinação,
Para rezar na capelinha,
Da senhora que curou a rainha.

Mais tarde, com as invasões,
Os franceses a destruíram,
E partiram-se os corações,
Das pessoas que a viram.

Os aldeões com medo,
Esconderam o grandioso badalo,
Mas o local ficou em segredo,
Para ninguém ir lá rouba-lo.

Aida hoje reza o conto,
Que o sino permanece lá,
Num certo ponto,
Que ninguém sabe onde está.


A história é verdadeira,
Pois as ruínas lá estão,
Com a estrada á sua beira,
Logo a seguir ao Lameirão*.

     *Estrada utilizada para subir a serra.                                                         


                                                                              João Duarte



quarta-feira, 6 de julho de 2011

O amor é uma rosa...

O amor é uma rosa,
Por um lado cheirosa,
Por outro pode causar dor
Com o espetar de um espinho aterrador.

Quando o vês
Queres o apanhar
Mas de quando em vez
Não o consegues agarrar.

Queres sentir o que é ser amado
E saber o que é estar apaixonado
Por uma pessoa querida
Que nos pode fazer uma grande ferida

Pois podes levar uma “tampa”
Teres um desgosto e ires para a campa


                                                  João Duarte